Mônica de Assis

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Maceió, AL, Brazil
Eu me divirto muito criando e costurando! "Adoro fazer minhas próprias roupas e acessórios! Realmente é o máximo !!! ♥♥" Agora que estou ficando craque, pretendo sempre publicar algumas coisinhas novas que nas horas vagas gosto de confeccionar.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Christian Dior


Christian Dior mede a altura da saia, que deveria ser de 40 cm do chão, segundo a moda de 1952


Um homem tímido e aparentemente comum, Christian Dior (1905-1957) transformou a maneira de se vestir após a Segunda Guerra Mundial e criou o estilo dos anos 50. Quando todos previam simplicidade e o conforto, ele propôs o luxo e a feminilidade extrema, copiados por mulheres do mundo inteiro.

A grife Christian Dior sobreviveu ao seu criador e ainda hoje é sinônimo de luxo e sofisticação. Desde 1997, o inglês John Galliano é quem está à frente das criações da marca.
"Nós saímos de uma época de guerra, de uniformes, de mulheres-soldados, de ombros quadrados e estruturas de boxeador. Eu desenho femmes-fleurs, de ombros doces, bustos suaves, cinturas marcadas e saias que explodem em volumes e camadas. Quero construir meus vestidos, moldá-los sobre as curvas do corpo. A própria mulher definirá o contorno e o estilo."
Christian Dior




Em 1947, Christian Dior apresentou sua primeira coleção, batizada de "New Look" pela redatora da revista "Harper's Bazaar" americana, Carmel Snow. Ao contrário da moda prática de Chanel, o "New Look" era, basicamente, composto por saias amplas quase até os tornozelos, cinturas bem marcadas e ombros naturais. Era a volta da mulher feminina e elegante.

O modelo que se tornou o símbolo do "New Look" foi o "tailleur Bar", um casaquinho de seda bege acinturado, ombros naturais e ampla saia preta plissada quase na altura dos tornozelos. Luvas, sapatos de saltos altos e chapéu completavam o figurino impecável. Com essa imagem de glamour, estava definido o padrão dos anos 50.

 


CHANEL

Gabrielle Chanel entrou no ramo da moda como chapeleira, mas foram as roupas que consagraram seu nome. Conhecida por seu estilo despojado e independente, libertou as mulheres das roupas apertadas com saias longas e popularizou os clássicos vestido pretinho e sapatos bicolores. Entre suas criações estão as calças de marinheiro, o vestido chemisier e a fragrância Chanel nº 5. Quando morreu, sua maison perdeu o rumo, mas recuperou-se com a mão firme de Karl Lagerfeld em 1983.

DIOR



Christian Dior nasce em 1905, em berço de ouro. Logo cedo, o francês se interessou por desenho, mas por influência do pai resolveu estudar Ciências Sociais. No meio do caminho, abriu uma galeria de arte com amigos e exibiu obras de artistas como Jean Cocteau e Dufy. A crise de 1929 afetou os negócios e Dior adoeceu. Para pagar as contas, publicou croquis na seção de    alta-costura de um jornal e desenhou peças para maisons parisienses. Virou assistente de Robert Piguet, e logo depois, de Lucien Lelong. Em 1946, já famoso, abre seu ateliê na Avenida Montaigne, onde a casa Dior fica até hoje. Sua primeira coleção, de 1947, foi a maior sensação de Paris. Ao ver os modelitos, a editora de moda Carmel Snow se surpreendeu e exclamou: “It’s a new look!” (É um novo visual!) e assim batizou a silhueta que ditou a moda feminina da época. As coleções impecáveis de Dior viraram sinônimo de elegância e sofisticação com saias e vestidos que ficavam a exatos 40 centímetros do chão, seguindo a regra criada pelo estilista. Tinha clientes fiéis e famosas, como a princesa Grace Kelly de Mônaco e a atriz Marlene Dietrich. A casa cresceu, com perfumes, jóias, luvas, lenços e lingeries e com mais lojas pelo mundo. Dior falece em 1957, e sua marca fica aos cuidados de seu jovem assistente, Yves Saint Laurent, até 1962. Em seguida vieram Marc Bohan, Gianfranco Ferré até que em 1997, chega à direção o irrevente estilista John Galliano. Ele mescla a herança tradicional de Dior com inspirações orientais, indígenas, figurinos de óperas e tudo o que lhe chama a atenção. Em 2007 a Dior fez uma comemoração dupla, dos 60 anos da casa e 10 anos de Galliano à frente da marca. Com seu jeito audacioso, olhar apurado e muito glamour, ele conseguiu manter a marca Christian Dior como uma das mais respeitadas da alta-costura e a mantém atual para vestir a mulher do século XXI com a mesma sofisticação do tempo das vovós. Apesar de também manter uma linha masculina, as linhas femininas e os acessórios da Dior ainda são o carro-chefe da casa.

Fotos: Barry Wetcher (Anne Hathaway) e Divulgação (desfile e Keira Knightley)

YVES SAINT LAURENT



Ao contrário do que se pensa, Yves Saint Laurent nasceu na Algéria, e não na França. Começou a trabalhar cedo, aos 17, já em Paris. Publicou alguns desenhos na Vogue francesa e participou de um concurso (o mesmo onde Karl Lagerfeld foi descoberto) e seu vestido vencedor chamou a atenção de Christian Dior, que o convidou para ser seu assistente. Quando Dior morreu, em 1957, Saint Laurent o substituiu na direção da casa, mas por pouco tempo. Em 1960 foi convocado para servir ao exército na Argélia e forçado a passar a batuta da Dior para Marc Bohan. Ao voltar, abriu sua própria maison e fez seu primeiro desfile em janeiro de 1962, iniciando uma era de elegância, sofisticação e inovação no vestir feminino. Um de seus maiores sucessos de vendas foi o tubinho Mondriand, estampado com uma tela do pintor holandês de mesmo nome, que virou um ícone da moda. Abriu em 1966 a boutique YSL Rive Gauche em Paris, quebrando um tabu, ao ser o primeiro estilista de alta-costura a abrir uma loja de prêt-à-porter. Nesta mesma época, criou o smoking feminino, que chocou o mundo todo nos anos 1960. Naquele tempo, mulheres que vestiam calças eram discriminadas e às vezes até proibidas de entrar em alguns lugares. O smoking e seu terninho feminino deram poder às mulheres da época, revolucionando a maneira como se vestiam.